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Diagnóstico e proposição: a difícil arte de assumir as rédeas.

Eu tenho certeza que todas as pessoas que você conhece desejam melhorar algum aspecto atual da vida. Desde a conquista de metas profissionais, passando pelos imbróglios da vida sentimental, até a superação de limitações físicas, uma verdade grita em cada ouvido de cada ser humano: “você precisa melhorar!”. E que bom que ouvimos esse grito. Ele nos arranca da nossa vida de conforto e planta em nós um desejo de seguir adiante. 

diagnóstico

Porém, como avançar? Como andar em direção ao destino que almejo e melhorar as incompletudes da vida? 


Não tenho nenhum passo a passo mágico para te fornecer. Não conheço nenhuma fórmula pronta que vai te levar do ponto A ao B com um mínimo de esforço. Nem acredito que isso exista. Mas quero te ensinar dois princípios que aprendi ao longo da vida e me deram a chance de entender melhor como alguns objetivos podem ser conquistados. São duas palavras bem simples: diagnóstico e proposição.  


Diagnóstico é entender onde estou e os recursos ao meu dispor. É uma sincera autoavaliação para descobrir algo que, por incrível que pareça, muitos ignoram: “onde estou?” Realizar um diagnóstico da vida é observar quais minhas habilidades atuais, minhas características pessoais que aceleram minha passada (bem como as negativas que me retardam). Além disso, é entender que alguns objetivos que hoje eu almejo podem simplesmente ser impossíveis de alcançar tendo em vista que eu não possuo os recursos necessários para alcançá-los. 


Imagine alguém que sonha em entrar para a melhor universidade do país sem, hoje, estudar nem mesmo 1 hora líquida por dia. É viável?  


Ou, quem sabe, alguém que busca adquirir um carro de luxo recebendo apenas um salário-mínimo por mês e tendo uma família para sustentar. É possível? 


Sei que os exemplos acima são um tanto óbvios, mas usei-os apenas para me tornar mais claro. 


O diagnóstico permite você entender quais recursos você tem e, por meio dessa análise, ser mais realista com relação às metas que você quer alcançar. Um diagnóstico bem elaborado pode te conduzir a metas mais realistas. 


Há quem se pergunte: isso é mesmo importante? 


Imagine-se indo para um compromisso em um endereço que você desconhece. Como a maioria das pessoas, você usa o Google Maps (ou Waze) para conhecer um pouco melhor a rota para chegar ao local desejado. Te pergunto: qual informação básica você precisa fornecer além do endereço de destino? Isso mesmo! O endereço de origem. Sem essa informação, não é possível traçar a rota para se chegar ao destino. Por isso, não esqueça: sem conhecer sua origem, você dificilmente chegará ao destino. 


Proposição é a segunda etapa e diz respeito ao ato de traçar o destino. Propor um objetivo de vida é responder a pergunta: “onde eu quero chegar?” A respeito disso, duas observações são importantes: primeiro, você deve ser realista e estabelecer objetivos possíveis. Para isso, o diagnóstico será muito útil, mas ainda assim não suficiente. É preciso uma dose de “pé no chão”. É preciso ser realista e entender que existem objetivos que, às vezes, podem ser excessivamente altos, a ponto de tornarem-se decepções. 


Não, eu não estou dizendo que você não pode sonhar. Você deve. Mas uma das dificuldades de viver na era das grandes mídias, onde os filmes nos ensinam que podemos chegar onde quisermos, é descobrir, de forma dolorosa, que isso é uma grande ilusão. Ser realista é saber que a maioria das portas estarão fechadas diante de nós. Conseguiremos, com insistência, abrir muitas delas. Porém, outras permanecerão eternamente fechadas. Por isso, seus objetivos podem ser altos, mas também realistas. 


A segunda observação trata de uma prática muito importante para execução de QUALQUER projeto: a mensuração. Para que os seus objetivos não fiquem soltos, você precisa estabelecer uma meta! É preciso quantificar. Estabelecer um NÚMERO. Só assim você poderá medir a sua evolução em direção ao objetivo. Imagine-se na situação de precisar, por motivo de saúde, ingressar em uma dieta e perder peso. Não basta estar motivado para seguir a dieta, você precisa responder a si mesmo: “quantos quilos eu preciso perder?”. Sem essa informação, você não poderá discernir sua verdadeira evolução. 


Para finalizar esse texto, quero trazer um pouco da sabedoria antiga, que já conhecia a importância de diagnosticar e propor. A Bíblia, em Lucas 14-28-30, conta a história de um homem que queria construir uma torre. Porém, ele não fez o diagnóstico. Não reservou um tempo para orçar o valor da obra e verificar se teria dinheiro suficiente para a empreitada. Qual o resultado? Ele começou e não pode terminar. Todos passavam pela obra e faziam chacota daquele homem dizendo 'este homem começou a construir e não foi capaz de terminar'.  


Eu tenho certeza que você não quer virar chacota. Pelo contrário, eu sei que você quer alcançar seus objetivos e construir uma história de sucesso e superação. E eu desejo que você consiga isso. Porém, é preciso construir os fundamentos que pavimentarão o seu caminho e te levarão a alcançar grandes desafios. Crie o hábito de diagnosticar e propor, e assim você poderá assumir as rédeas para chegar lá. 

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